Data: 26/08/2019
Pesquisa CNT divulgada nesta segunda-feira (26/08/2019) revela que 52,7% dos entrevistados se posicionaram de forma contrária à reforma da Previdência, aprovada pela Câmara dos Deputados. Por outro lado, 36,6% se disseram favoráveis às mudanças no regime de aposentadoria.
Para 45,4% dos entrevistados, a proposta de mudanças nas regras de aposentadoria aprovada na Câmara dos Deputados beneficiará apenas os mais ricos. Outros 6% acham que beneficiará os mais pobres. Para 25,4%, beneficiará ambas as classes de forma igual.
O levantamento buscou saber, ainda, qual o porcentual dos brasileiros que poupam dinheiro paralelamente à aposentadoria como forma de completar a renda. Um total de 74,3% diz não economizar dinheiro ou ter renda para uso depois de deixarem de trabalhar. Dessa forma, para 60,7% dos entrevistados, a reforma da Previdência não será positiva para sua aposentadoria.
Atualmente, as mudanças na aposentadoria tramitam na Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ) do Senado.
Sobre os temas que devem ser priorizados pelo governo após a Reforma da Previdência, 24% consideram que deve ser a Reforma do Código Penal, com revisão das penas e das formas de cumprimento. Em seguida, estão as Reformas Política (21,3%) e Tributária (21,1%).
A 144ª Pesquisa CNT de Opinião, realizada em parceria com o Instituto MDA, de 22 a 25 de agosto de 2019, mostra a avaliação dos índices de popularidade do governo e pessoal do presidente Jair Bolsonaro.
Foram realizadas 2.002 entrevistas, entre os dias 22 e 25 de agosto, em 137 municípios de 25 Unidades da Federação. A margem de erro é de 2,2 pontos percentuais para mais ou para menos.
Pedido de conselho
Nesta segunda-feira (26/08/2019), o Conselho Nacional dos Direitos Humanos (CNDH), órgão ligado ao Ministério da Mulher, Família e Direitos Humanos, chefiado por Damares Alves, recomendou que o Senado rejeite as mudanças na aposentadoria aprovadas pela Câmara dos Deputados.
Para o órgão, mesmo com as mudanças realizadas pelos parlamentares o texto promoverá “graves retrocessos sociais”. O CNDH critica pontos como exigência de 65 anos de idade para homens e 62 para mulheres, sem considerar as distintas situações de vida e condições de trabalho, por exemplo.
Fonte: Metrópoles